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Amante Misterioso? Meu ex-Cunhado!
Amante Misterioso? Meu ex-Cunhado!
Por: Luciy Moon
Capítulo 1: Todo castigo pra corno é pouco

Bianca

Deveria estar no altar dizendo um feliz e sonoro "sim".

Em vez disso, encostada na porta da sacristia, assisto meu noivo entre as pernas da minha irmã, devorando a boca dela como se o mundo estivesse acabando.

Contabilizando: Dois anos de relacionamento. Ciúmes absurdos. E uma traição que eu tinha engolido seis meses atrás, quando o encontrei beijando a estagiária no banheiro da empresa em que trabalhamos.

"Foi só um deslize, Bia. Você é a única que eu amo."

Burra. Fui imensamente burra, eu sei. Todo castigo pra corna é pouco, por isso estou aqui, de novo, ouvindo meu noivo dando prazer à outra.

A raiva tomou conta antes mesmo do nojo. Dessa vez, Aidan não vai ter perdão. Meus olhos escanearam o ambiente até encontrar a câmera de vídeo, deixada ali para ser usada para transmitir meu casamento... Corrigindo: Ex-casamento.

Ajustei o ângulo e liguei antes de gritar a plenos pulmões:

— QUE PORRA É ESSA?

Eles se separaram num salto. Jéssica, de batom borrado, quase caiu. Aidan, meu noivo traidor, teve a audácia de franzir a testa e soltar à clássica:

— Bianca, não é o que parece.

— Claro. Nunca é. Assim como não era "nada" quando te peguei com a estagiária, né? — Forcei um sorriso e cruzei os braços, desafiando-o: — Vai, tente me explicar por que diabos está enfiando a língua na minha irmã dez minutos antes do nosso casamento?

Jéssica ajustou o decote – do vestido que EU escolhi - e soltou a bravata:

— Acontece, Bia. — Ela encolheu os ombros, como se estivéssemos falando de quem pegou a última fatia de bolo. — Não precisa fazer tanto drama.

Drama?!

Eu ri. Ri até sentir os olhos queimarem.

— Ótimo. Já que não é nada demais… — Apontei para a câmera. — Vamos perguntar aos nossos duzentos convidados o que acham.

Aidan empalideceu. Jéssica soltou um palavrão.

E eu?

Fui direto para o altar e, sem hesitar gritei:

— SENHORAS E SENHORES!

A plateia estava congelada, os olhos pregados na cena acima do altar. O padre parecia prestes a desmaiar.

— Antes do "sim", uma surpresa especial! — Apontei para o telão, onde Aidan se arrumava com pressa. — Um espetáculo grátis, cortesia do canalha com quem quase casei e da vadia que chamo de irmã! — Arranquei o véu ao anunciar: — O CASAMENTO TÁ CANCELADO.

Desci os degraus sob olhares chocados. O vento bateu no meu rosto ao sair, mas não apagou o ódio.

Sem surpresa, minha mãe barrou meu caminho.

— Bia, o que você fez com sua irmã?!

— Nos poupe! Ela tava de perna aberta pro meu noivo, mãe! — respondi desviando e apressando o passo.

Praticamente me joguei dentro da limousine do casamento e o mandei se afastar dali rápido.

— Para o salão de festas? — ele questionou me olhando com curiosidade, preocupação e um relance de pena.

— Não! Só dirija pra bem longe daqui. Depois decido — declarei me jogando contra o assento.

Pego o champanhe, que comemoraria minha união com aquele canalha, abro e tomo direto do gargalo.

Sinto-me anestesiada, sem forças para chorar pelo fim do meu sonho dourado, em parte porque tenho alguns problemas urgentes a resolver:

Número um: Trabalho e moro com o traidor.

Número dois: Meus pais idolatram minha irmã traidora.

Resumindo: Não tenho para onde fugir.

O toque do meu celular me fez olhar para o aparelho deixado ali quando fui para a igreja.

Lucky Hart, irmão do noivo, e CEO da empresa em que trabalhamos:

Lucky: Aidan é um idiota. Se estivesse aí, teria quebrado a cara dele por você. Não faça nada drástico até eu chegar.

Sorri pela primeira vez desde que esse inferno começou.

Pelo menos alguém está do meu lado, mesmo sendo alguém que só conheço por mensagens.

Bianca: Drástico tipo fugir do meu próprio casamento?

Os três pontinhos dançaram na tela antes da resposta vir:

Lucky: Fez bem em largar o idiota. Você merece um homem melhor. Que cuide e te queira de verdade.

Engoli o nó na garganta.

Um estranho se preocupando, enquanto quem devia me amar me apunhalava pelas costas.

E justo Lucky Hart. O irmão odiado por Aidan, que nem sequer conheço pessoalmente. O cérebro por trás do império Hart Enterprises no estrangeiro. Nas poucas fotos dele que vi, todas de sua adolescência, era o único que quebrava o padrão loiro de olhos azuis dos Hart, seguindo a herança da mãe italiana: cabelos escuros como a noite, olhos profundos como ébano.

Em breve ele voltaria ao país e, sendo eu assistente da presidência, tínhamos tido muito contato por mensagens de texto nos últimos três meses. De um completo estranho, odiado por Aidan e idolatrado pelo avô, ele tinha se tornado o cara que me salvava do tédio com mensagens aleatórias durante reuniões intermináveis. O único que devolvia meu sarcasmo com juros. E agora, meu cúmplice involuntário na minha fuga.

Lucky: O casamento foi cancelado, mas você ainda me deve uma dança.

Lembrei imediatamente da provocação dele naquela manhã:

"Se não reservar pelo menos uma dança comigo, te rapto na lua de mel."

Eu tinha respondido com uma risada e uma ameaça vazia sobre cadeia, e ele rebateu:

"Posso fazer muito mais se permitir."

E agora, no carro, fugindo do meu próprio casamento, ele me lembrava daquela promessa boba.

Bianca: Quer mesmo dançar com uma fracassada traída no altar?

A resposta veio instantânea:

Lucky: Agora que está solteira, estou tentado a cobrar muito mais que uma dança.

Minha respiração falhou, como sempre acontecia quando ele vinha com essas provocações.

Desde o começo das nossas inteirações ele se mostrou um jogo perigoso – mensagens de duplo sentido, provocações que faziam meu corpo reagir antes mesmo do meu cérebro processar.

Era igualzinho ao irmão e ao pai: um conquistador nato. Provavelmente, também é um traidor nato.

Lucky é um enigma do qual devo correr, mas agora, com o casamento em ruínas e a traição exposta, só desejo dar a Aidan um gostinho do que me fez. Seduzir o irmão que ele tanto odeia parece um começo atraente.

Sem pensar com clareza mandei a mensagem que definiria meu destino...

Bianca: Que tal passar a noite comigo, Lucky?

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