O lugar escolhido era uma espécie de terraço secreto, no topo de um edifício espelhado que refletia as luzes douradas da cidade. O ambiente era reservado, quase intocado, com almofadas espalhadas sob tendas leves e brancas que balançavam com o vento quente do deserto. Ao fundo, a visão da cidade reluzia como uma miragem embriagante.
Clara chegou ao lado de Léo com um salto nos pés, vestido de seda acetinada colado ao corpo, cabelo preso com preguiça e boca armada em provocação.
— Isso é uma armadilha arquitetônica ou você finalmente admitiu que é romântico? — ela perguntou.
Léo a olhou dos pés à cabeça, sem pressa. O olhar dele percorria cada curva como se calculasse uma equação de desejo.
— Se eu disser que é só logística emocional pra garantir que você não fuja, você fica?
— Se eu disser que vim sem calcinha, você para de bancar o CEO emocionalmente indisponível?
Ele deu um meio sorriso. Aquele sorriso.
— Clara, você vai me matar.
— Não antes de me fazer gozar. De novo.
Miguel e Tal