Jéssica e Leo O Retorno Inesperado em Flecheiras Jéssica, uma mulher cuja força e talento a ergueram de um passado órfão para o comando de um estúdio de design renomado e em expansão nacional, busca um novo começo em Flecheiras. Recentemente estabelecida na cidade litorânea, e feliz por estar perto de sua amiga Ana, ela espera encontrar paz e inspiração. No entanto, o destino tem outros planos. Durante a festa de noivado de Maria Jéssica esbarra em Leo, um fantasma de seu passado que a machucou profundamente ao desaparecer sem explicações. Leo, com seu charme inegável, ainda a atrai, reacendendo uma paixão que ela acreditava ter superado. Mas Jéssica não é mais a jovem ingênua do passado. Anos de superação e sucesso a transformaram em uma mulher poderosa e empoderada, que não aceita migalhas emocionais. Leo carrega um segredo complexo — a verdade sobre seu passado e sua ligação com uma poderosa família que o forçou a abandonar Jéssica. Esse segredo, que o impediu de se explicar no passado, continua a ser uma barreira. Enquanto a tensão entre eles é palpável e a atração inegável, Jéssica se vê diante de um dilema: ceder ao antigo desejo ou proteger seu coração recém-curado. Agora, mais do que nunca, ela está determinada a encontrar um amor que a valorize por completo, um que não venha acompanhado de segredos ou mágoas. Será que o passado pode ser reescrito, ou Jéssica encontrará a felicidade em um novo capítulo, livre das sombras de Leo?
Ler maisO sol da tarde dourada o quintal da casa se transforma em um refúgio de paz. A luz do sol poente banha suavemente cada canto, realçando o verde exuberante das plantas e as cores vibrantes das flores que balançam gentilmente com a brisa. O aroma doce da jasmim recém-florescida se mistura com o cheiro terroso da grama cortada, criando uma atmosfera convidativa. Uma pequena fonte borbulha suavemente, adicionando um murmúrio relaxante ao ambiente.É um lugar onde o tempo parece desacelerar, e cada detalhe convida ao conforto e à tranquilidade. A luz do sol pintando o gramado com um brilho suave. Lá, no meio do verde, Gabriel, com seus cabelos loiros claros, dava passos vacilantes, as perninhas gordinhas se movendo de forma descoordenada. Leon, agachado e com os braços estendidos, caminhava junto, pronto para evitar qualquer tombo. A cada passinho, um sorriso surgia no rosto do menino, e Leon ria, incentivando-o. Jéssica observava a cena de sua cadeira no terraço, uma xícara de chá repous
Jéssica chegou em casa com Gabriel aninhado no bebê-conforto, a mente ainda vibrando com a novidade da gravidez de Ana. O aroma de comida caseira invadiu a sala, e ela sorriu. Encontrou Leon na cozinha, terminando de temperar o molho do jantar._ Chegamos!, ela anunciou, e Leon virou-se, um sorriso cansado, mas caloroso, iluminando seu rosto. _ Bem-vindos de volta, meus amores. Jantar quase pronto. A refeição foi um pequeno oásis de normalidade. Conversaram sobre o dia, as risadas de Gabriel e a surpresa da notícia de Ana. Após o jantar, Leon, com uma doçura que derretia o coração de Jéssica, deu um banho quentinho em Gabriel. Os balbucios e respingos do bebê no banheiro eram a melodia mais doce que poderiam ouvir. Jéssica, em seguida, embalou o pequeno Arthur no colo, cantando suavemente até que seus olhinhos azuis se fecharam. Com cuidado, depositou-o no berço, observando-o por um instante antes de sair do quarto, o silêncio preenchendo o vazio deixado pelo som de sua respiração.
A casa, antes um santuário de paz e projetos de design, agora era um campo de batalha de fraldas sujas, mamadeiras e o som onipresente de choramingos. Leon e Jéssica, pais de primeira viagem de um pequeno milagre de alguns meses, estavam mergulhados na realidade da paternidade, uma mistura avassaladora de amor incondicional e exaustão crônica. O dia começou, como quase todos os dias, às 4h da manhã. O choro agudo do bebê rasgou o silêncio da madrugada. Leon, com um gemido, estendeu o braço para desligar o despertador invisível. Jéssica, já mais rápida na reação pós-parto, sentou-se na cama, os olhos vermelhos. _ Sua vez, ela murmurou, a voz rouca de sono. Leon se arrastou para fora da cama, cambaleando até o berço. O bebê, que eles carinhosamente chamavam de "o pequeno imperador do caos", estava com a fralda suja até as costas. A tarefa de trocar fraldas explosivas às 4h da manhã era uma arte que Leon ainda estava dominando, muitas vezes resultando em uma troca de roupa para ele ta
Os dias na UTI Neonatal arrastaram-se como séculos, cada bipe dos aparelhos um lembrete da fragilidade do seu filho. Leon e Jéssica revezavam-se nas visitas, observando-o através do vidro da incubadora, depositando nele toda a esperança e amor. Finalmente, após dias de angústia e pequenos progressos, a equipe médica deu a tão esperada permissão: Jéssica poderia, pela primeira vez, segurar o seu bebê.O quarto da UTI Neonatal parecia brilhar mais naquele dia. Jéssica, ainda um pouco fraca, foi cuidadosamente conduzida até uma poltrona macia ao lado da incubadora. Enfermeiras sorridentes trouxeram roupas especiais, esterilizadas e quentinhas. Com cuidado, vestiram-na com um avental, máscara e touca, protegendo o pequeno ser de qualquer possível contaminação.Então, o momento. Uma das enfermeiras, com mãos experientes e gentis, retirou o bebê da incubadora. Ele era tão pequeno, tão delicado. Sua pele, ainda um pouco enrugada, tinha um tom rosado suave. Os olhinhos estavam fechados, e peq
Leon a encarava, o rosto contorcido de dor e fúria. A pergunta sobre o coração de Eleanor pairava no ar pesado da sala. A matriarca, no entanto, não se abalou. Com um movimento lento e calculado, ela pousou o jornal no colo, os olhos azuis gélidos fixos no filho._ Coração?, Eleanor repetiu, a voz perigosamente calma, cada palavra um chicote. _ Coração, isso é uma desculpa para a sua fraqueza, sentimentalismo é para os fracos, Leon. Para aqueles que não entendem o que é preciso para manter uma linhagem pura e limpa. Para manter o poder.Ela fez uma pausa dramática, como se Leon fosse um aluno lento. _ Você acha que a família Hawksmoor chegou onde está com sentimentalismos baratos? Nós construímos nosso império com força, com estratégia, com decisões difíceis. Não com histerias de pobre coitada.Eleanor gesticulou em um desprezo silencioso, referindo-se a Jéssica. _Aquela mulher... ela não é deste mundo. Não é desta família. Ela é uma distração, um ventre útil para um herdeiro, e na
A notícia da placenta prévia atingiu Jéssica como um raio, mas a verdadeira tempestade se formaria longe dos hospitais. Os dias trouxeram ansiedade e angústia, Jéssica passou a ficar em repouso absoluto, deitada a maior parte do dia, Janice estava à frente do estúdio, mantendo Jéssica a par, mas poupando ela de qualquer estresse. Ana sempre que podia ia tomar chá, levar coisas gostosas e distrair Jéssica. Leon, com o coração apertado pela preocupação, fazia de todo o possível para manter ema tranquila. Ele blindava qualquer fonte de estresse ao redor de Jéssica, mesmo sua família ele compartilhava, notícias, mas mantinha eles a distância. Sua mãe tentou várias vezes convidar eles para jantar, pois queria pressionar eles a se mudarem para a mansão, Leon percebeu o plano e rejeitou, ela insistiu que ela devia ter participação nas escolhas em relação ao neto, Leo negou. Ela continuou insistindo, ele perdeu a paciência, disse que Jéssica e Gabriel precisavam de descanso e a proibiu de vol
Último capítulo