Os dias na UTI Neonatal arrastaram-se como séculos, cada bipe dos aparelhos um lembrete da fragilidade do seu filho. Leon e Jéssica revezavam-se nas visitas, observando-o através do vidro da incubadora, depositando nele toda a esperança e amor. Finalmente, após dias de angústia e pequenos progressos, a equipe médica deu a tão esperada permissão: Jéssica poderia, pela primeira vez, segurar o seu bebê.
O quarto da UTI Neonatal parecia brilhar mais naquele dia. Jéssica, ainda um pouco fraca, foi cuidadosamente conduzida até uma poltrona macia ao lado da incubadora. Enfermeiras sorridentes trouxeram roupas especiais, esterilizadas e quentinhas. Com cuidado, vestiram-na com um avental, máscara e touca, protegendo o pequeno ser de qualquer possível contaminação.
Então, o momento. Uma das enfermeiras, com mãos experientes e gentis, retirou o bebê da incubadora. Ele era tão pequeno, tão delicado. Sua pele, ainda um pouco enrugada, tinha um tom rosado suave. Os olhinhos estavam fechados, e peq