Leon sentiu o impacto das palavras de Jéssica como um golpe físico. A raiva nos olhos dela era um espelho da sua própria dor. Ele se encolheu levemente, como se as acusações fossem pedras. _ Eu sei, Jess. Eu entendo sua raiva, ele começou, a voz embargada, um contraste com a explosão dela.

_ Mas por favor, me deixe explicar... não por desculpa, mas para que você entenda o inferno que é crescer na minha família.

Ele fez uma pausa, as mãos apertando os joelhos, o olhar fixo em um ponto distante no chão.

_ Minha família... os Hawksmoor. Eles são disfuncionais, tóxicos, paranóicos. Minha vida inteira foi ditada por eles, por regras que eu não entendia, por medos que não eram meus. Eles vivem em uma bolha de desconfiança, de poder. Não há espaço para fraqueza, para emoções genuínas.

Ele finalmente levantou os olhos, a vulnerabilidade neles era palpável.

_ Quando eu te conheci, eu estava fugindo. Fugindo deles, de tudo que representavam. O nome Leo Goren era minha única chance de se