DOMINICK
O cheiro de sangue e fumaça ainda pairava sobre os corredores da mansão.
Três corpos haviam sido enterrados naquela manhã. Dois dos capos sobreviventes abandonaram o pacto de aliança. O outro, ferido, pediu exílio em Palermo. A mesa de poder de Dominick Santorini estava desfalcada.
E ainda assim, ele permanecia inabalável.
— Ligue para Palermo, Marselha e Kiev — ordenou, sentado em sua sala de comando. — Quero reforço tático, quero satélites de vigilância e quero Lorenzo vivo. Em pedaços, se for o caso, mas vivo.
Henrique o observava do outro lado da mesa, calado.
— Giorgio está falando — disse ele, entregando uma folha. — Confirmou que Lorenzo preparava o atentado há meses. Disse também que há outro informante infiltrado… mas não sabe o nome.
Dominick pegou o papel, olhou por um instante, depois o queimou com o próprio isqueiro.
— Não quero rastros. Só quero respostas. E corpos.
Henrique cruzou os braços.
— E Laura?
Dominick respirou fundo.
— Está no quarto. Ainda em choque.