VIENA – MANSÃO SANTORINI – 06h42
Amara acordou com o som de passos no corredor. Não era o ritmo usual dos seguranças. Era tenso. Apressado. Instintivamente, ela cobriu Leonardo com o corpo e pegou a pistola debaixo do travesseiro.
Laura entrou segundos depois, o rosto pálido.
— Ele falou com Dante — disse.
Amara gelou.
— Quando?
— Ontem. Em segredo. Voltou calado. Mas Mikhail... ouviu tudo.
Amara se sentou devagar.
— O que Dante ofereceu?
Laura hesitou.
— A cabeça de Miranda... em troca do bebê.
Amara não respondeu. Ficou imóvel. Então os olhos se encheram de lágrimas — não de dor, mas de algo mais violento.
Ódio.
CORREDOR CENTRAL – 07h00
Amara atravessou o corredor como uma tempestade. Passou por dois seguranças, desceu as escadas e entrou direto no escritório de Domenico.
Ele estava sozinho, revisando um mapa da Sérvia.
— Você considerou.
Não era uma pergunta.
Ele não se virou.
— Eu sou pai e rei, Amara. Eu...
— Você pensou em entregar nosso filho por uma chance de paz?
Ele virou-se