ALBÂNIA – ESTRADA DAS SOMBRAS – 04h12
A estrada cortava a madrugada como uma cicatriz esquecida. Três SUVs blindadas seguiam em silêncio absoluto, os faróis apagados. As árvores ao redor, altas e sombrias, pareciam observadoras silenciosas de um destino já escrito em sangue.
No veículo da frente, Isabella Leone passava o dedo pelas cicatrizes que carregava nos pulsos. Algumas eram antigas, outras mais recentes. Cada uma representava uma batalha vencida. Ou perdida.
Ao lado dela, Dante folheava um mapa digital com as rotas de fuga mais prováveis. Mas sua atenção se dividia. Ele observava Isabella como um escultor observa sua obra inacabada — com admiração... e temor.
— Você está pronta? — ele perguntou.
— Pronta não. Faminta — respondeu ela, sem olhar para ele.
— E se ela for mais do que espera?
— Então será ainda mais prazeroso destruir.
VIENA – MANSÃO SANTORINI – 06h00
O clima dentro da mansão estava mais denso do que de costume. Nem o cheiro de café fresco nas cozinhas, nem o som do