Vitor sentiu o peso das palavras de Lorena, como se fossem um desafio sutil lançado ao seu autocontrole. Cada sílaba carregava um magnetismo, uma sedução não apenas física, mas psicológica. A brisa do jardim parecia conspirar com ela, envolvendo-os em um clima ainda mais enigmático onde cada movimento e cada olhar transmitiam segundas intenções não ditas.
Ele respirou lentamente tentando ignorar o fascínio que emanava da mulher a sua frente, mas seu corpo já traía sua razão.
— Aprender, Lorena? — Sua voz tinha um toque de provocação, mas os olhos denunciavam a guerra interna que travava.
Ela apenas sorriu, aquele sorriso que escondia segredos e intenções ocultas.
— Sim, Vitor. Há coisas que não podem ser calculadas como números em uma planilha. — A voz ecoa suavemente preenchendo o ar.
— Algumas oportunidades não são analisáveis. Elas devem ser vividas.
A proximidade entre os dois parecia diminuir a cada segundo. O gato alaranjado, observador silencioso daquela troca intensa, mov