A semana seguiu seu curso de forma estranhamente tranquila. Depois da discussão acalorada na cozinha do bar, seguida da reconciliação e do beijo, Cecília e Enrico pareciam ter encontrado uma espécie de trégua.
Enrico continuava aparecendo no bar com frequência, sempre discreto, mas presente. Cecília, mesmo com o cansaço, sorria mais. Júlia notou, mas só comentou com um olhar cúmplice.
Na sexta-feira à noite, o bar estava cheio. Música leve tocando ao fundo, luzes amareladas, o som constante de copos, risos e conversas embalando o ambiente. Cecília estava atrás do balcão, servindo dois chopes quando ouviu uma voz familiar atrás de si.
— Ainda sabe preparar uma margarita decente ou perdeu o toque?
Ela virou de imediato, o coração pulando uma batida.
— Léo?
Ele sorria, como se a simples reação dela já valesse a visita. Estava diferente, mas o mesmo — o olhar atento, a postura relaxada, o tipo de presença que ocupava espaço sem esforço. Usava uma jaqueta escura, a barba por fazer e