No dia seguinte, pouco depois do almoço, o celular de Cecília vibrou com uma mensagem de Leo.
"Sorvete, nostalgia e conversa fiada. Topa?"
Ela sorriu de leve, hesitando por alguns segundos com o polegar pairando sobre a tela. A ideia de sair e se distrair era tentadora, especialmente depois da última noite. Por fim, respondeu:
"Topo."
O sol da tarde ainda estava alto quando se encontraram em frente à sorveteria da praça. Leo usava uma camiseta branca simples, jeans e tênis. O cabelo bagunçado e o sorriso largo pareciam não ter mudado desde a primeira vez que o viu, anos atrás, no primeiro turno de bar que dividiram.
— Achei que ia demorar mais pra aceitar sair comigo — ele disse, oferecendo um copinho de sorvete de pistache.
— E perder a chance de te ouvir reclamando dos clientes escrotos que a gente atendia? Jamais.
Caminharam até um banco sob a sombra de uma árvore. A conversa fluiu fácil. Leo tinha o dom de arrancar risadas, mesmo nas situações mais improváveis. Relembraram históri