Mundo ficciónIniciar sesiónEmir, um homem que perdeu sua fé no amor devido a experiências dolorosas do passado. Após ter sido abandonado e traído por sua ex-namorada, ele decide focar exclusivamente em sua carreira, acreditando que o amor não passa de uma ilusão. No entanto, tudo muda quando conhece Layla, uma jovem estudante de jornalismo com uma personalidade audaciosa. No início, o encontro dos dois não é muito agradável, e eles parecem ser opostos em muitos aspectos. No entanto, à medida que se conhecem melhor, surge uma atração irresistível e ambos se veem apaixonados um pelo outro. Emir e Layla começam a explorar um relacionamento, enfrentando juntos os desafios que surgem pelo caminho. Eles precisam lidar com a desaprovação de amigos e familiares, além de enfrentarem a diferença de idade entre eles. Essas barreiras testam a força do amor que sentem um pelo outro, mas eles aprendem a superar os obstáculos e a confiar um no outro. Conforme a história se desenrola, Emir também é confrontado com seus próprios traumas e inseguranças. Ele precisa confrontar seu medo de ser magoado novamente e aprender a abrir seu coração para o amor. Layla, por sua vez, encontra seu próprio crescimento pessoal ao enfrentar desafios e obstáculos ao lado de Emir.
Leer más— Acorda, garota! Ou vai se atrasar para a faculdade!
Layla se espreguiçou, os olhos ainda pesados de sono, e soltou um bocejo comprido antes de se sentar na cama. Olhou para a mãe, Eda, com um sorriso preguiçoso.
— Tudo bem, mãe... já estou levantando. Só mais cinco minutinhos, por favor.
Eda balançou a cabeça, rindo.
— Cinco minutos é tudo que você vai ter, mocinha. Mas nada de se atrasar logo no primeiro dia. Começar com o pé direito é importante.
Layla assentiu e se arrastou até o banheiro. Enquanto escovava os dentes, tentava conter a ansiedade pelo primeiro dia na faculdade de jornalismo — o início do sonho que carregava desde criança: contar histórias que mudassem o mundo.
***
A poucos quilômetros dali, Emir Divit, 36 anos, publicitário renomado e dono de uma das maiores agências da Turquia, despertava de um sono inquieto. Três meses haviam se passado desde a noite em que sua vida sentimental desmoronara.
Desde então, o amor havia se tornado para ele um conceito frágil, quase risível.
O relógio marcava nove e meia quando ele finalmente saiu da cama. Um banho gelado e um café forte seriam o suficiente para fingir que a noite em claro rendera algo produtivo.
***
Na casa dos Yılmaz, o café da manhã era um caos típico de segunda-feira.
— Layla, por favor, presta atenção no trânsito! E nada de usar fone de ouvido no volume máximo — alertou Eda, enquanto arrumava a bolsa da filha. — Você sabe como o movimento é perigoso essa hora.
Furkan, o pai, soltou uma risada discreta.
— Filha, aqui está o dinheiro do lanche da semana — completou Eda, entregando uma nota dobrada. — E se precisar de qualquer coisa, me avisa.
Ahmet, o irmão mais novo, resmungou entre um gole de suco e outro.
— Quando chegar à idade dela, a gente conversa, garoto — respondeu o pai, divertido.
Layla riu, ajeitou a mochila e beijou os pais no rosto.
Assim que saiu de casa, conferiu se a mãe não a observava pela janela, pegou o celular e conectou os fones. A música invadiu seus ouvidos enquanto ela caminhava animada. O trajeto até a faculdade levava menos de quinze minutos — tempo perfeito para despertar o corpo e acalmar os nervos.
***
Enquanto isso, Emir tentava encerrar mais uma ligação dramática da irmã.
— Bahar, minha querida, podemos conversar quando eu chegar ao trabalho? O trânsito está caótico, e com você chorando desse jeito, eu não entendo nada.
— Eu juro que tentei, Emir! — soluçava ela. — Mas o Aras não entende que eu quero focar na minha carreira. Ele só pensa em filhos!
Emir suspirou. Bahar era sua irmã caçula — e a única família próxima em Istambul.
Ele desligou e respirou fundo. O sinal abriu. Virou a esquina distraído — e, em seguida, ouviu um estrondo seco.
Um impacto.
— Que não seja um motoqueiro... — murmurou, freando bruscamente.
Ao descer do carro, encontrou uma jovem caída no chão, o joelho ralado e a expressão indignada.
— Menina, você não presta atenção por onde anda? — repreendeu, preocupado.
— Eu? O senhor que devia olhar pra onde dirige! É cego, por acaso? — rebateu Layla, furiosa. — Eu estava atravessando, e o seu carro veio feito um foguete!
Emir ficou sem acreditar. Pela posição, ele tinha a preferência. Aquela garota claramente não prestara atenção.
— Ah, claro. O som no último volume. Assim fica fácil não ver um carro vindo.
— Me poupe, senhor arrogante! — retrucou Layla, olhando para o joelho ralado. — E, pra piorar, olha o que o senhor fez! Minha pulseira da sorte quebrou. Hoje é meu primeiro dia na faculdade! Isso só podia acontecer comigo...
Emir ergueu as sobrancelhas.
Layla sabia que ele tinha razão, mas jamais admitiria. Se contasse em casa, levaria uma bronca épica. Então, sua mente inquieta encontrou uma solução.
— Tudo bem. O senhor me leva até a faculdade, arruma minha pulseira e eu esqueço que isso aconteceu. Combinado?
— Isso é uma chantagem? — Emir cruzou os braços, incrédulo.
— Chame como quiser. Mas se preferir, posso ligar para o meu pai. Ele é advogado. — Ela pegou o celular e começou a discar.
Emir passou a mão pelos cabelos.
— Fechado. — Layla sorriu, satisfeita, e entrou no carro.
Ele notou quando ela apoiou os pés no banco e mexia no celular como se estivesse em casa.
— Desculpa, senhor... é o costume. — Ela riu, sem graça.
O trajeto foi silencioso — tirando o som altíssimo que escapava dos fones de Layla. Emir se perguntava como uma garota tão pequena conseguia fazer tanto barulho, no trânsito e na vida.
Poucos minutos depois, estacionou diante da faculdade.
— Senhorita...
— Layla — completou ela, sorrindo. — E o seu nome?
— Emir.
— Pois bem, Emir, você está perdoado... quase. Me traga minha pulseira consertada às 13h, aqui na frente. Assim podemos ficar quites. E, por favor, não se atrase. Minha mãe é um terror com horários.
Antes que ele respondesse, ela inclinou-se e depositou um beijo rápido em seu rosto.
— Até mais, Emir. E não se esqueça: joalheria de confiança, hein!
Ele a viu correr pelo portão, completamente atordoado.
Layla parou na entrada de casa, pegou o controle do portão e o abriu. Rezava para que a mãe já tivesse voltado ao trabalho, mas o coração afundou ao ver o carro estacionado na garagem.— Droga! — murmurou. Sabia bem o que aquilo significava: se o carro estava ali, Eda não voltaria para o escritório.Entrou em casa com cuidado, optando pela porta da cozinha. Assim, talvez conseguisse ir direto para o quarto sem ser notada. Mas, ao abrir a porta, deu de cara com uma surpresa nada agradável à sua espera.***Emir voltou do almoço de bom humor — coisa rara — e Aisha percebeu que até sorria sozinho.Kerem estava trancado no escritório, e a secretária logo avisou que Emir havia retornado.Assim que ele se acomodou na cadeira, Aisha entrou trazendo o café preferido do chefe.— Aconteceu alguma coisa no almoço? — perguntou, com um sorrisinho curioso. — Está com um olhar diferente... parece que viu um passarinho verde.Ela riu, e Emir pensou que talvez tivesse mesmo encontrado um — um passarin
Emir e Layla esperavam os pedidos; ele tentava disfarçar o incômodo de estar ali. Quando ela disse que escolheria o lugar, ele imaginou um restaurante com comida saudável. Em vez disso, ao parar no endereço que ela passou, encontrou uma hamburgueria — o tipo de lugar cujo cardápio parecia um atentado à alimentação. Claro, ele não era abstêmio de fast-food: comia de vez em quando, talvez a cada seis meses, mas jamais em horário de almoço.Layla observava a expressão dele e conteve o riso. Sabia perfeitamente o que ele esperava — um prato “de verdade” — e que devia estar horrorizado por ter de almoçar fritas, hambúrguer e refrigerante.—E então, senhor Emir — disse ela, inclinando-se para a frente —, me conte: o que aconteceu com você esta manhã, além de quase me atropelar?Ele tentou decifrar os olhos da garota. Pela confusão daquela manhã, não tivera tempo de reparar no rosto dela; agora, porém, via um olhar desafiante, quase provocador. Apesar da cara de chantagista, havia algo nela
Layla e as amigas lanchavam sentadas na cantina da faculdade. Entre risadas e comentários sobre o primeiro dia de aula, Samia percebeu que a amiga não parava de olhar o relógio.— Layla, tá tudo bem? — perguntou, franzindo o cenho. — Desde que chegou, você não tira os olhos desse relógio. Mandou mensagem no grupo dizendo que teve um imprevisto, chegou atrasada... O que aconteceu?Samia era a mais reservada do trio, mas tinha um faro aguçado para perceber quando algo estava errado.— Aposto que aprontou alguma, — provocou Elçin, com um meio sorriso. — Anda, Layla, conta logo. O que fez pra chegar atrasada?Layla desviou o olhar, tentando disfarçar o nervosismo. O pensamento ainda preso no homem que quase a atropelou — e na pulseira que ele prometera devolver.— Não foi nada demais, — respondeu, fingindo leveza. — Um motorista distraído quase me atropelou, minha pulseira da sorte quebrou e está na joalheria. Agora, preciso esperar pra pegar de volta.Samia arregalou os olhos.— Como ass
Layla entrou apressada na sala, justo quando a professora da primeira aula do dia fazia a chamada. Pediu licença em voz baixa e se dirigiu às mesas do fundo, já que as primeiras fileiras estavam todas ocupadas. Tirou o celular da bolsa e conferiu as mensagens no grupo do WhatsApp: “Melhores amigas para sempre ❤️”.— Laylaaaa, cadê você, garota?— Ei, tá dormindo ainda? Olha que horas são!— Layla, querida, onde você está? Elçin e eu já vamos entrar e você não chega!Layla riu sozinha ao ler as mensagens de Elçin e Samia.As três cresceram juntas, estudaram na mesma escola desde o jardim de infância e prometeram seguir unidas na faculdade. O plano deu certo — mais ou menos. Layla escolheu Jornalismo, Elçin foi para Moda e Samia optou por Nutrição. Encontrar uma universidade que oferecesse os três cursos não foi fácil, mas, depois de muita discussão entre as mães, acabaram todas matriculadas na İstanbul Üniversitesi.“Meninas, aconteceu um imprevisto. Conto tudo no intervalo.”Guardou o
— Acorda, garota! Ou vai se atrasar para a faculdade!Layla se espreguiçou, os olhos ainda pesados de sono, e soltou um bocejo comprido antes de se sentar na cama. Olhou para a mãe, Eda, com um sorriso preguiçoso.— Tudo bem, mãe... já estou levantando. Só mais cinco minutinhos, por favor.Eda balançou a cabeça, rindo.— Cinco minutos é tudo que você vai ter, mocinha. Mas nada de se atrasar logo no primeiro dia. Começar com o pé direito é importante.Layla assentiu e se arrastou até o banheiro. Enquanto escovava os dentes, tentava conter a ansiedade pelo primeiro dia na faculdade de jornalismo — o início do sonho que carregava desde criança: contar histórias que mudassem o mundo.***A poucos quilômetros dali, Emir Divit, 36 anos, publicitário renomado e dono de uma das maiores agências da Turquia, despertava de um sono inquieto. Três meses haviam se passado desde a noite em que sua vida sentimental desmoronara.Na data em que planejava pedir Sevda em casamento, ela partiu — não apena





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