A manhã corria normalmente no café. O cheiro de pães recém-assados e o movimento constante de clientes enchiam o ambiente de vida. Cecília estava concentrada em anotar um pedido quando sentiu um arrepio súbito, uma estranha pressão no peito. Ao levantar os olhos, viu a figura que menos esperava.
Parado próximo ao balcão, com o olhar cansado mas ainda penetrante, estava seu pai. Cecília congelou, surpresa e assustada. Sabia, no fundo, que não era coincidência ele estar ali.
— Pai... o que está fazendo aqui? — Perguntou tentando controlar a tensão que crescia em seu peito.
— Filha… — disse ele, com um sorriso forçado. — Eu tentei te ligar várias vezes. Mas... quem atendia era o tal do Enrico. E ele sempre desligava na minha cara.
Cecília arregalou os olhos, incrédula.
— Isso não faz sentido. Se ele tivesse atendido meu telefone teria me avisado.
— Não tenho por que mentir, filha. — Ele suspirou, a expressão carregada de mágoa. — Mas não vim aqui discutir isso. Vim porque estava com saud