A caminho do escritório, Enrico pegou o celular dentro do carro e discou o número do investigador de confiança. A chamada foi atendida rapidamente, pela mesma voz grave que já conhecia.
— Preciso que encontre uma pessoa — disse, direto ao ponto. — Quero todos os detalhes possíveis. Vou te mandar o nome e algumas informações que já tenho por mensagem.
— Entendido. Vou começar agora mesmo.
Enrico encerrou a ligação sem acrescentar mais nada, acelerando em direção ao escritório com a mente ainda mais pesada.
A manhã avançava no escritório, mas para Enrico o tempo parecia arrastar. As vozes dos colegas ao telefone, o tilintar de teclados, o som do ar-condicionado — tudo soava distante. Ele permanecia com o olhar preso à tela do computador, mas a mente voltava, vez após vez, para Cecília.
Ele a tinha deixado no café, segura, sorrindo, mas o coração não se convencia. Algo dentro dele gritava que o perigo não tinha se dissipado, apenas estava à espreita.
Pegou o celular algumas vezes, como s