Os céus se abriram na noite seguinte, revelando uma lua cheia imensa e branca, como se a própria deusa lunar testemunhasse o reencontro dos filhos esquecidos. O Conclave Lunar, que não acontecia havia mais de dois séculos, havia sido convocado por Lysandra, a primeira herdeira unificadora em geraçÔes.
O Vale dos Ecos, uma clareira ancestral cercada por formaçÔes rochosas em formato de meia-lua, foi escolhido como ponto de reuniĂŁo. Ali, o tempo parecia se curvar â as ĂĄrvores mais antigas ainda sussurravam nomes que nem os anciĂŁos lembravam mais.
Ao redor da clareira, tochas foram acesas com chamas prateadas, alimentadas por ervas sagradas. Era um ritual antigo: nenhuma arma podia ser empunhada ali. Nenhuma morte poderia ser declarada, ou a maldição do sangue recairia sobre a linhagem inteira de quem ousasse.
Um a um, os representantes das matilhas chegaram.
Do leste, vinham os Filhos do TrovĂŁo, com peles acinzentadas e olhos dourados. Guerreiros nĂŽmades, liderados por Aeryn, uma mulher