O palácio surgia como um oásis em meio ao deserto, erguendo-se com sua imponência dourada e seus portais cravejados de pedras preciosas. Samara, ao atravessar os arcos de mármore branco, sentia-se como alguém que retornava de uma longa travessia, embora tivesse passado apenas poucos dias longe dali. Para sua alma, contudo, o tempo parecia ter se arrastado por anos.
Layla, a mãe de Khaled, foi a primeira a recebê-la. O rosto maduro, mas ainda de uma beleza delicada, refletia bondade e ternura. Seus olhos castanhos se encheram de emoção quando abriram-se para Samara.
Aproximou-se dela com passos firmes, e quando a envolveu em seus braços, Samara não conseguiu se conter: chorou. Chorou como uma filha perdida que reencontrava uma mãe depois de um destino cruel.
— Minha menina… — murmurou Layla, acariciando seus cabelos. — Está em segurança agora.
Atrás dela, Amina, Soraya e Yasmim se aproximaram correndo, como irmãs que reencontravam uma parte de si mesmas. Cercaram-na em abraços e risos