Amanheceu no deserto com a delicadeza de um quadro pintado em tons de ouro. O sol surgia lentamente no horizonte, espalhando um brilho quente que atravessava as cortinas translúcidas do aposento real. Samara abriu os olhos, ainda envolvida nos lençóis de seda, sentindo o calor da respiração de Khaled em sua nuca. Por um instante, acreditou estar sonhando. O peso do braço dele sobre sua cintura a mantinha presa, mas paradoxalmente, segura.
Ela moveu-se devagar, girando o corpo para fitá-lo. Dormia profundamente, mas até dormindo parecia carregar um poder indomável. Seus traços eram rígidos, marcados pela virilidade; o maxilar forte, a barba bem delineada, os lábios que na noite anterior haviam tocado cada parte do seu corpo. Samara corou só de lembrar.
Seu coração disparou. O que havia acontecido não podia mais ser apagado. Sua primeira vez tinha sido nas mãos de um homem que a dominava não apenas pelo corpo, mas também pela presença. Sentia-se tomada, subjugada, mas ao mesmo tempo hav