A virgindade de Samara

O silêncio reinava no quarto dourado, quebrado apenas pelo som acelerado da respiração de Samara. O coração batia em disparada, como se quisesse rasgar-lhe o peito, e suas mãos trêmulas ainda seguravam os lençóis da cama imensa, como se aquele tecido fosse sua última barreira de defesa contra o homem que se aproximava.

Khaled havia se despojado da túnica branca. O corpo másculo, perfeito em cada traço, impôs-se diante dela. Ombros largos, músculos definidos que se moviam como obra-prima da própria natureza, a pele levemente dourada refletindo a luz suave das lâmpadas do aposento. Samara jamais havia visto um homem nu — nunca se permitira, nunca ousara. E agora, diante dele, sentiu as faces queimarem como fogo. Seus olhos castanhos tentaram se desviar, mas eram atraídos de volta, como se a beleza viril de Khaled tivesse o poder de aprisionar sua alma.

Ela se encolheu, levando os joelhos ao peito, os dedos finos segurando-se neles com força, como se pudesse impedir o destino que se dese
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