O corpo de Samara ainda estava impregnado do calor de Khaled quando ele a tomou nos braços, firme como um homem que segura algo que lhe pertence e, ao mesmo tempo, delicado como quem carrega uma joia que não deve se partir. Sobre o ombro dele, Samara lançou um último olhar ao quarto onde, na noite anterior, havia experimentado o paraíso e o inferno na mesma respiração. Ali ficaram os lençóis desarrumados, testemunhas mudas de sua entrega, de sua dor e do prazer que a dominara como um rio impetuoso.
Mas agora, diante das portas douradas que se erguiam à sua frente, ela sentia o coração pulsar na garganta. Aquilo não era uma entrada, era uma sentença. Cada passo que Khaled dava a aproximava de um destino que
ela não escolhera. A beleza do palácio, com seus corredores revestidos de mármore e seus arcos trabalhados com pedras preciosas, só intensificava a sensação de aprisionamento.
"Por que tem que ser assim?" — pensou Samara, enquanto seu peito arfava. Depois de provar a liberdade em fo