O salão do resort era iluminado por tochas que dançavam com a brisa da noite. Música baixa, ambiente chique sem ser cafona — bem no estilo do Santi, que adorava esbanjar charme como se fosse uma segunda pele. Eu? Estava mais interessada no vinho caríssimo que tinha acabado de ser servido do que no cardápio gourmet que parecia escrito em código.

— Você sempre pede a coisa mais cara só porque pode, né? — provoquei, mexendo a taça como se fosse especialista.

Santi riu, aquele riso leve e debochado. — Claro. Se não for pra gastar, qual a graça de ter dinheiro?

— Fala isso pra mim quando for o meu cartão sendo usado. — retruquei, recebendo dele um olhar de canto que parecia dizer não começa.

E aí estava ele: Dante. Sentado do outro lado da mesa, camisa branca dobrada nos braços fortes, postura de quem não se curvava pra ninguém. O tipo de homem que não precisava dizer nada pra se impor. Só que, no meu olhar, ele era apenas mais um dos seguranças refinados que Santi gostava de carregar