Mundo de ficçãoIniciar sessãoChiara Moretti e Davide Queen devem se casar, pois desde crianças seu matrimônio estava marcado. Mas, já adultos, ele ama outra mulher e ela... apenas deseja cumprir seu dever. No entanto, o amor não conhece fronteiras e o impensável acontece quando ela conhece seu cunhado Dante, que ameaça roubar seu coração. Porém, Davide não está disposto a ceder sua esposa, ainda mais quando ela é uma grande herdeira. Será que o amor poderá surgir entre marido e mulher, ou alguém mais conquistará seu coração?
Ler maisChegava para se casar com uma mulher que não conhecia e, portanto, não amava.
Para Davide Queen, sua vida não era mais do que um castigo, uma lembrança dolorosa para ele e seus pais, para toda a sua família.
Durante anos, aquelas famílias se uniram através do matrimônio e, naquela geração, cabia a eles dois unir os laços. Mas a diferença de idade era bastante notável.
Estava recém-regressando para se casar depois de passar a maior parte de sua vida na França, regressava a São Francisco para cumprir seu dever como a mais velha da família.
Rosario não conhecia muito sua enteada, mas se alegrava bastante com a decisão de seu esposo de enviá-la a um internato desde o casamento, porque não tinha certeza se poderia criar a filha de outra mulher, e acreditava que isso havia sido o melhor para ambas.
A vida de Chiara havia sido tão diferente da de suas irmãs.
Aquela seria a primeira vez que os veria. Supunha-se que iriam buscá-la no aeroporto, mas não foi assim. Também não disseram se não chegariam, e ela não se cansava de ligar, esperando uma resposta, de modo que só lhe restava esperar.
Ansiava por uma família, precisava de uma família, afeto, amor. E confiava que, apesar de não ser uma aliança por amor, que seu esposo a recebesse com carinho e que ambos transformassem aquele compromisso em algo belo, real e de ambos.
Precisava de um abraço, de alguém que lhe dissesse que as coisas iam melhorar, mesmo que fosse mentira.
—Você não percebe que está chovendo? —perguntou aquela voz, forte, clara e autoritária.
O telefone de Chiara começou a tocar e, ao atender, percebeu que era seu pai, mas aquele número não estava registrado.
Passou meia hora até que o chofer chegasse, já não chovia.
—Você está molhada! Não se atreva a chegar perto de mim —gritou a jovem ao seu lado, empurrando Chiara com as mãos. Tinha apenas cinco anos a menos que Chiara, mas já era uma mulher. Seus cabelos eram castanhos, tinha olhos verdes e um rosto muito bonito. O decote deixava ver boa parte dos seios e aquele vestido era tão curto que Chiara jurava ter visto sua roupa íntima.
—Você é… Darnelly ou Olimpia? —perguntou Chiara, tímida.
Ao chegar em casa, a senhora Rosario esperava na porta, recebendo sua filha com um abraço e entrando em seguida, sem esperar para cumprimentar Chiara ou lhe dar as boas-vindas ao país, à sua casa.
Quando entrou na casa, não conseguia nem lembrar-se das escadas, pois partira muito pequena daquele lugar. Olhou para os lados para ver se seu pai estava ali, mas o único que havia era uma mulher de meia-idade com um uniforme branco e preto que se aproximou dela.
—Bem-vinda a casa, senhorita.
Chiara e a empregada cruzaram pela cozinha, pela área de serviço, saíram ao pátio dos fundos e ali viram a piscina, enquanto Chiara se perguntava para onde ela a levava.
—É aqui.
Mildred se foi, deixando Chiara com um nó no estômago, enquanto entendia perfeitamente a mensagem que lhe davam com aquela recepção.
A sensação de flutuar na escuridão começa a se dissipar lentamente à medida que ela toma consciência do ambiente ao redor, sentindo um puxão de volta para a realidade que a envolve.Com um esforço que parece consumir toda a sua energia, Fiorella pisca, abrindo os olhos pela primeira vez no que sente terem sido eras. A primeira coisa que vê são as figuras dos três filhos — Daniele, Dante e Nico — reunidos ao seu redor, como guardiões vigilantes de sua saúde, dela. A visão está turva no início, mas, à medida que os olhos se ajustam à luz suave, os rostos começam a se definir, e o alívio e a alegria inundam seu coração.Eles estão ali. São eles.Ela se surpreende ao ver o filho mais velho; jamais esperaria por isso — não dele, não depois de tudo o que aconteceu entre os dois nos últimos anos.Mas ele está ali.Daniele, com uma ternura que Fiorella não via há anos, segura a mão dela e sorri. Ela se espanta ao ver aquele sorriso e não entende muito bem o que está acontecendo; as palavras d
—O médico veio, mas foi algo rápido — disse Nico, encostado na parede ao lado da cama da mãe —. Dante saiu para fazer uma ligação. Está tudo bem?—Sim, está tudo bem — respondeu, evitando o olhar curioso do irmão.—Não parece.—Mas eu já disse que está tudo bem, não disse?Nico se aproximou do irmão, pousando as mãos sobre seus ombros.—Mas parece que nada está bem, Daniele. — Ele mordeu o lábio, evitando dizer qualquer coisa. Não queria falar sobre ela; Chiara tinha acabado de ir embora depois que ele partiu o coração dela sem uma explicação aparente. De verdade, não queria falar sobre isso, mas tudo estava ali, preso no peito, preso dentro dele. Ao ver que Daniele se recusava a dizer qualquer coisa, Nico decidiu abraçá-lo. — Seja o que for, com certeza dá para resolver.—Não, não dá para resolver. Nada tem solução.—O que aconteceu? — perguntou mais uma vez. Não queria insistir, mas entendia que talvez o que Daniele precisasse fosse apenas de um pequeno empurrão para desabafar. Dava
Foi de forma fugaz que os três viram Chiara, pois ela saiu correndo imediatamente.Daniele olhou para os irmãos e depois para a mãe, beijou a mão dela e se levantou, soltando-a.—Preciso sair um momento — disse em voz baixa. Não queria perder um único segundo com a mãe, ainda mais agora que ela já havia despertado, embora ainda não tivesse tido a chance de falar com nenhum dos filhos. Daniele queria ser o primeiro, porque havia algo preso na garganta, algo que precisava dizer à mãe. Já tinha dito várias vezes, mas enquanto ela estava dormindo. Precisava que ela pudesse ouvir. — Volto o mais rápido possível.Ao cruzar a porta, pegou o celular do bolso do casaco e ligou para Chiara, caminhando apressado pelo corredor até chegar à saída, desviando das pessoas que entravam e saíam. Ela não atendeu. Arriscou ir até o estacionamento para ver se a encontrava; ali viu o carro dela.Daniele parou a alguns metros do veículo. Conseguia vê-la dentro. Seus passos ficaram mais lentos quando voltou
Ela estava abraçada aos joelhos, a tela do celular era o centro de tudo; olhava fixamente para ela, esperando por uma ligação que não vinha.Preocupada? Já tinha passado para o segundo nível, era mais do que isso. Não sabia nada sobre Fiorella ou quão grave era seu estado, e também não sabia nada sobre Daniele; ele não atendeu nenhuma das suas chamadas durante toda a tarde, muito menos à noite.A tela do celular indicava que já eram duas e nove da madrugada. Por que ainda estava acordada? Por que ainda esperava que ele ligasse? Já era muito óbvio que ele não voltaria para casa.Ela olhou para a mala no canto, lembrando-se de que ele tinha outra casa.Pensou em Ana; ela poderia confirmar se Daniele estava lá, mas era muito tarde para ligar. Ela mesma o havia chamado dez minutos antes, mas como todas as outras vezes, não houve resposta.—Maldito velho. Mesmo que esteja ocupado, preocupado, acho que você poderia tomar um minuto para me dizer o que está acontecendo. E não faz isso. Idiota
—Enfim — repetiu novamente, a mão livre acariciando o rosto de Gio. Ela inclinou o rosto e deixou um beijo em sua testa —. Sabe quanto tempo isso me levou? Eu sei, claro que sei, mas… isso não importa, o que importa é que finalmente consegui. — Era a vitória mais emocionante que já tivera.—Patrizia, do que você está falando? O que foi que você conseguiu? — perguntava, tentando entender o que sua amada dizia —. Por que você diz que venceu?—O que você está fazendo aqui? Gio, você deveria estar planejando um funeral. — Ela deslizou o polegar pelo nariz do homem e sorriu —. Eu matei a Fiorella — disse num sussurro, com um sorriso marcado, vincos nas bochechas e, nos olhos, a melhor parte: a alegria de finalmente ter uma vitória contra Fiorella.—Patrizia, acho que não te contaram o que aconteceu. As coisas…—Shh — ela o interrompeu, pousando um dedo sobre seus lábios —. Não se preocupe, não acontece nada. Isso… isso foi lindo, é o melhor que me senti em muito tempo, é incrível. Você não
—Filho! — Finalmente veria Mauro, depois de ver Leandro partir sem querer dar nenhum tipo de ajuda em relação à mãe; ainda não conseguia acreditar que ele não fosse capaz de colaborar para que ela se livrasse da prisão—. Ainda bem que você está bem. — Ela o examinou por alguns segundos e depois lhe deu um beijo.—Sim, não sofri nenhum dano grave. Você já viu a mamãe?—Ainda não. Quando eu sair daqui, vou pedir a um oficial que me deixe vê-la.—Sim, isso é bom. Espero que ela também esteja bem. Leandro já foi embora.—Faz alguns minutos. Eu tentei… — ele se sentou ao lado do filho mais novo — tentei fazer com que Leandro me ajudasse com uma coisa, mas ele se recusou. Não consigo acreditar que ele tenha agido assim, alguma coisa aconteceu e eu não sei o quê. Ele não é assim, não sei o que o mudou de forma tão drástica numa situação como esta.—Acho que você sabe, papai. — Gio virou o rosto na direção do filho — Olhe para mim, quem fez isso foi a mamãe, e suponho que ainda saí no lucro,
Último capítulo