7. Perdida e encontrada
O sol já estava alto quando Santi decretou que faríamos um passeio pela ilha. Aquelas excursões improvisadas dele sempre acabavam em algo caótico, mas ninguém ousava dizer não. Dante vinha andando atrás, como se tivesse sido arrastado por obrigação, com aquela carranca que parecia ter sido esculpida no mármore da raiva. Eu já me divertia só em saber que ele odiava estar ali.
 As meninas andavam em grupo, gargalhando alto, tirando fotos, virando a ilha num cenário de filme. Eu, ao contrário, decidi me destacar. Talvez fosse a minha mania de não suportar andar em bando, talvez fosse só a vontade de sentir o cheiro da ilha sem o som ensurdecedor das risadas artificiais. Caminhei por uma trilha lateral, olhando o mar ao longe. A areia fina grudava nos pés, e a brisa quente batia no rosto.
 "É isso. A vida é isso. Liberdade. Não homens controlando, não câmeras, não regras… apenas eu e essa ilha." — pensei, respirando fundo.
 O problema é que liberdade tem um preço. Em menos de meia hora, p