As luzes da Rabbit piscavam em tons de vermelho e violeta, o som grave da música vibrando pelo chão como um segundo coração. Eu já devia estar acostumada àquele ambiente, mas naquela noite tudo parecia mais… carregado.
As modelos circulavam rindo, copos nas mãos, provocando umas às outras. Algumas me lançavam olhares divertidos, outras claramente saboreavam a ideia de que Dante me rondava mais do que a todas elas juntas. — Então é verdade? — uma loira de vestido prata encostou no balcão ao meu lado, arqueando uma sobrancelha. — Que o chefe tá jogando todas as fichas em você? Sorri de canto, fingindo indiferença. — Você acredita em tudo que ouve? Ela riu, maliciosa. — Nesse caso, acredito no que vejo. — E saiu desfilando, deixando no ar um rastro de provocação que não me abalou tanto quanto deveria. A verdade é que não eram elas qu