Comemos em silêncio por alguns minutos, apenas o barulho dos pedaços sendo puxados da caixa e o estalar da massa crocante quebrando o silêncio da tarde. O apartamento ainda estava mergulhado naquela luz dourada preguiçosa, como se o tempo tivesse escolhido nos dar um intervalo.
— Não lembrava que pizza podia ser tão boa. — comentei depois da segunda fatia, recostando-me na cadeira com um suspiro satisfeito. Dante ergueu a sobrancelha, a boca ainda ocupada com a própria fatia. Quando terminou de mastigar, respondeu: — É porque você não comia direito faz dias. — limpou os dedos num guardanapo, a voz grave e firme, mas sem julgamento. — Eu reparei. Revirei os olhos. — Vai me vigiar até na minha alimentação agora? — Se for necessário. — retrucou sem hesitar, um meio sorriso brincando nos lábios. — Não posso permitir que você desmaie no hospital e me dê mais traba