127. Que comecem os jogos
Eu acordei com a sensação deliciosa de vitória.
Não apenas porque tinha dormido numa cama macia, cheirando a lavanda — e, discretamente, a ele — mas porque o corredor da noite passada ainda pulsava dentro de mim.
O Dante saiu dali completamente desarmado.
E eu?
Eu dormi sorrindo.
Levantei antes do sol.
Não porque estava ansiosa, mas porque hoje seria meu dia.
Meu ensaio.
Minhas regras.
Meu jogo.
E, principalmente:
minha revanche.
A mansão já estava em movimento quando desci para o salão preparado para a sessão.
A equipe finalizava as luzes, as câmeras, o cenário com cortinas leves e a luz dourada invadindo pelas enormes janelas.
Era perfeito.
Dramático.
Luxuoso.
E, acima de tudo, fora escolhido por mim.
— Bom dia, Ágatha! — uma das fotógrafas sorriu. — O Dante já deixou tudo liberado pra você decidir. Local, ângulos, peças, tudo seu.
Eu ergui o queixo.
Claro que sim.
— Ótimo — respondi. — Então vamos começar pelo fundo. Quero aquele painel mai