Cravenhill não constava em mapas recentes. Era um nome que quase ninguém ousava mencionar, a não ser em sussurros ou entre frases cortadas por silêncio. Theo teve de recorrer a registros antigos de saúde pública e arquivos escaneados da prefeitura para localizar o complexo original. A ala psiquiátrica de Cravenhill fora desativada há mais de duas décadas, mas segundo Rupert, uma parte permaneceu ativa em sigilo, convertida em instituição privada e sob nova administração — ou, como ele dissera com amargura, “sob novo disfarce”.
A estrada até lá serpenteava entre vales densos e florestas úmidas. O céu, coberto por nuvens espessas, parecia pressionar a terra. Eleanor, no banco do passageiro, folheava uma das últimas cartas de Vivienne, as mãos trêmulas.
— “Ela não podia gritar. Não podia sequer escrever seu nome. Mas seus olhos… Os olhos de Amélia diziam tudo.” — ela leu em voz baixa. — É impossível que Vivienne tenha inventado isso.
— Não inventou — Theo respondeu, tenso. — E se ela viu