A tarde caía com pressa quando Eleanor e Theo deixaram Oakmere e rumaram para o interior de Yorkshire, rumo a um endereço que encontraram entre os papéis do envelope — uma anotação escrita à mão, em tinta azul: “R. Wallace – The Gables, estrada de Mornhill, 47.” Nenhum outro comentário, apenas isso. Mas o nome já dizia tudo.

Rupert Wallace.

Era impossível fingir surpresa. Eles sabiam que, mais cedo ou mais tarde, teriam que confrontá-lo novamente. O ex-investigador que se tornara sombra entre os próprios segredos. Eleanor sabia que, apesar de tudo, ele carregava fragmentos essenciais da verdade — e estava na hora de confrontá-lo com tudo que sabiam.

O carro subia uma estrada estreita, ladeada por muros de pedra cobertos de musgo, quando Theo apontou para uma casa de Rupert encoberta por árvores. Uma construção antiga, mas bem cuidada, com janelas de moldura branca e um pequeno jardim repleto de lavandas murchas.

— Chegamos — ele disse.

Desta vez, não bateram à porta. Apenas caminharam