Mundo ficciónIniciar sesiónDaniel, aos 40 anos, vive preso à rotina com os três filhos e às exigências de dirigir a empresa da família. Desde a morte da esposa, se fechou numa couraça fria, convencido de que nunca mais voltaria a amar. Deanna, por sua vez, sonha em cantar na ópera. Trabalha meio período, estuda na universidade e está a apenas um ano de alcançar seu sonho. Sua vida muda quando seu amigo Harry pede a ela um favor desesperado: uma antiga tradição familiar o impede de se casar com a noiva, que está grávida, a menos que seu irmão Daniel se case primeiro. O que começa como um acordo para ajudar Harry se transforma em um casamento de fachada entre dois opostos completos. Mas logo a mentira desperta uma atração tão intensa quanto inesperada. Ela devolve a Daniel o calor e a esperança de uma nova família; ele se torna o refúgio e a paixão que Deanna acreditava impossíveis depois de sua última desilusão amorosa. No entanto, eles não estão sozinhos nessa história. Segredos, interesses ocultos e a diferença de idade ameaçam separá-los. Ambos precisarão enfrentar os outros... e os próprios medos. Porque, no fim, o coração sempre tem razões que a própria razão nunca será capaz de entender.
Leer másO mundo parece correr a uma velocidade surpreendente, parece que não se detém; nos atrai à sua atmosfera e nos acelera a vida. Podemos nos perder de muito no processo; como de encontrar esse amor que se converte num refúgio seguro onde o coração pode latir sem medo e que desperta um anseio profundo de conexão e pertencimento.Alguns dizem que a sua busca começa com o autodescobrimento, uma peregrinação para o interior do nosso ser, a aceitar as sombras que carregamos e a deixar que se entrelaçam com os sonhos sobre o futuro. Outros creem que é um feito fortuito destinado a suceder. Alguém o saberá com exatidão?O que sim se sabe é que quando finalmente o encontramos, se sente como um novo amanhecer que ilumina o céu da nossa existência, a pintar de cores cálidas e vibrantes o lenço da nossa vida. É um abraço que nos envolve no seu calor, um sussurro que nos faz sentir vivos, um latido que nos recorda que não estamos sós. É o milagre de encontrar um pedaço de nós mesmos no coração de o
O sol se começava a coar por entre as cortinas da janela. Deanna dormia sobre o peito do seu esposo e Daniel a abraçava. A cama era um desastre, o quarto era um desastre.A paixão de haver regressado, o desejo por esse homem e o amor que compartilhavam; desatou uma onda incontível de bocas, mãos e corpos que se tocavam, se beijavam e se conectavam. Entre grosserias, arfares, gemidos e declarações de amor; ambos haviam deixado sair todos os sentimentos. Deanna levava as marcas dos seus dedos nas pernas e Daniel o lábio mordido pela sua esposa.Mas esse raio de sol insistente lhe deu de cheio na cara e ela se esticou chateada. Se sentia cómoda e cálida entre os seus braços; Daniel também se moveu. Por um momento permaneceram despertos, mas letárgicos. A pele se lhes sentia, todavia ardente.Deanna abriu os olhos lentamente e o olhou na cara, o seu cabelo desgrenhado e o brilho nos seus olhos que sempre a fazia se sentir sensual.«Bons dias» Lhe sussurrou com voz rouca, todavia meio dorm
O Ambassador se esticou, se escorreu o sono e abriu os olhos.A lua de mel já havia passado, os meses já haviam passado. Era hora.A equipa técnica começou a montar o palco, a ajustar cada peça do decorado segundo os planos desenhados por Marcus, com as sugestões de Leonard. A iluminação é chave, e os técnicos passam horas a programar as luzes, a criar os efeitos necessários para cada cena, e a se assegurar de que tudo esteja sincronizado com a música; de que tudo seja perfeito. O formigueiro começava a se sentir.A figurinista e as suas assistentes ajustavam os figurinos, que têm sido cuidadosamente desenhados e confecionados para se adaptar aos movimentos e às exigências de cada interpretação. Os maquilhadores e cabeleireiros buscavam os seus materiais e ordenavam cada um deles com precisão.No fosso da orquestra, os músicos afiavam os seus instrumentos, a ajustar a acústica do espaço; a buscar a posição mais cómoda, as distâncias corretas e o diretor estabelecia o tempo e as dinâmi
Leonard não se aguentou, levou Marcus a um canto do salão e lhe contou o que Deanna tinha planejado.«Esta vez, se as chamas a Sacha vou te matar» O ameaçou Marcus.«Não quer viajar, quer cantar outra vez e quer o fazer aqui»«Deus! Faz tanto que espero isto»«O sei, mas temos que o fazer com cuidado. Sei que Crusher moverá o que haja que mover e se porá de ama; mas pelas dúvidas averigua-me como acondicionamos parte do teatro para as meninas. Eu ponho o dinheiro»«Obviamente porás o dinheiro, farei o que for pôr a voltar a ver brilhar no meu palco»A felicidade de estar casado com a mulher que amava e a da expectativa por escutar os aplausos para a sua filha, o voltaram louco. Estava desatado. Abraçava a Susan cada vez que podia e a beijava diante de quem fosse, até de Camila.E enquanto os meninos se entretinham na secção exclusiva para eles; os adultos desfrutavam da velada. Daniel se pegou ao corpo da sua esposa para dançar com ela as peças mais sugerentes; a comunicação tácita en
Leonard Reed se esfregava as mãos, nervoso. Estava impecável, muito elegante e pulcro. Deanna o observava de esguelha e se lhe desenhavam sorrisos ao lhe ver as expressões.«Estás nervoso?»«Não…»«Mentiroso»«Bom… um pouco talvez»«Estás muito bonito»«Verdade?»Nunca falhava a apelar ao ego. Se observou uma vez mais no espelho a se dar retoques, a se acomodar o casaco e a flor da sua casa de botão. Se lhe fazia longa a espera, mas entre os nervos também se lhe assomava algo estranho: um sentido de realização.O seu caminho foi tortuoso, a começar com essa infância infeliz, a seguir com a separação de um amor e a continuar com 25 anos de um matrimónio desastroso. E agora estava a minutos de concretizar um sonho; assim se havia sentido quando a viu subir os primeiros degraus no Ambassador para a sua audição com Feni.Era outro homem, um renascido do meio da dor. E a artífice desse renascimento estava preciosa parada junto a ele, a tentar o acalmar e a dar alento. Hoje a sua família se
Harry também desfrutava da sua nova vida, cada vez mais. Emma estava a crescer para se parecer cada vez mais a Laura, mas o seu ímpeto, a sua energia e a sua doçura eram seus próprios. Apesar desses primeiros anos difíceis, a menina tinha uma resiliência incrível e um enamoramento infantil pelo seu padrinho.Ao princípio as pequenas gémeas lhes havia parecido muito bonitas, como bonecas. Mas à medida que via a Daniel as a sustentar, as a beijar e as a carregar; já não lhes caía tão bem. Muitas vezes havia reagido com birras e pranto descontrolado quando sentia que o seu padrinho não lhe prestava a mesma atenção.«Nem sequer a mim me faz isto com Ryan!» Disse Harry ofendido.«É que Daniel é o seu primeiro amor, Harry. Isso não quer dizer que não te ama» lhe explicava Amanda.«Sou mais bonito» Deitava lenha ao fogo, Daniel.«Claro que não o és! És mais velho!» Respondeu Harry.«Sigo a ser mais bonito que tu»E é que Daniel o passava genial rodeado de “todas as suas mulheres”; Deanna, as
Último capítulo