Os dias seguintes foram… estranhamente mais lentos.
Lia acordava cansada… com o corpo pesado… e uma febre baixa que ia e vinha, como maré.
Kai, como sempre, estava ali.
Mas agora… preocupado.
— Está tudo bem? — ele perguntou numa manhã, quando ela mal conseguiu sair da cama.
— Só… um mal-estar. — Lia respondeu, forçando um sorriso que nem ela mesma acreditou.
Ela tentou manter a rotina.
Tomou o chá… escreveu algumas linhas no caderno…
Mas as mãos tremiam.
Os pensamentos… confusos.
Como se o corpo estivesse aqui… mas a mente… perdida entre o sono e a vigília.
A vida estava boa demais para ser real…
Então… por que as coisas ruins continuavam acontecendo com ela?
Lia se perguntava… mas não tinha forças para buscar respostas.
— Acho que estou gripada… — murmurou, sentindo a testa quente.
Kai não respondeu de imediato.
Apenas deixou a voz dele preencher o quarto… com aquela calma que sempre parecia envolver tudo.
— Se precisar… só me chama.
Ela sorriu de leve… antes de ad