Naquela noite, Ayla saiu do hospital exausta após um turno de 12 horas. Salvara um idoso de uma parada cardíaca, intubou uma criança com asma grave. E após tudo isso, era hora de voltar para sua casa.
Caminhara a passos lentos, sem pressa de chegar, não tinha mais a mãe, nunca teve o filho, voltar para a solidão era sufocante demais.
Olhou para trás e viu carro preto. Os faróis altos. A velocidade cada vez menor. Apertou um pouco o passo. Um mal presságio subiu por sua espinha em forma de calafrio.
Notou o veículo acelerar, como se quisesse acompanhar seus passos. Por fim um deslize que em sua mente mudou tudo. Um pequeno buraco no chão de tijolos a fez ir ao chão. Suas mãos bateram com força o concreto. E antes que pensasse em levantar, braços fortes a envolveram.
Ela tentou gritar, tentou lutar, mas... era inútil.
— Fique calma, não vamos te fazer mal. — A voz do homem cortou seus pensamentos em pânico. Confiara nele? Não. Mas o que podia?
Um tecido cobriu sua boca, o cheiro forte a