Ela passou o dia imersa em seu plano, não prestou atenção nas brincadeiras, ou nas risada de Caio. Em certos momentos fechava os olhos tentando gravar aquele som dentro de si.
Ayla esperou a mansão mergulhar no silêncio da madrugada. Olhou o relógio na parede da sala e o mesmo marcara duas horas. Caio dormia profundamente na cama, abraçado ao ursinho que ela mesma dera para ele no hospital.
Nos últimos dias, apesar do sequestro, apesar do medo, algo inexplicável aconteceu. O contato com Caio preenchera um vazio que ela carregava há quatro anos.
Com cuidado, inclinou-se e depositou um beijo leve na testa dele.
— Durma bem, meu amor... — sussurrou, a voz embargada, o coração pesado por ter que partir. — Desculpe por ir embora assim.
Uma lágrima rolou por seu rosto. Ela enxugou rápido e respirou fundo. Saiu do quarto sem olhar para trás.
Aquelas pessoas eram perigosas. Ela sabia disso. Ficar era colocar sua vida em risco e como ouviu antes. O pai de Caio cuidaria dela.
Desceu as escadas