Felipe não podia acreditar, desfalecida, sangrando em seus braços, estava a mulher que virou sua cabeça, que estivera em seus sonhos durante quatro anos.
— O que houve com ela? O que ela faz aqui? — perguntou para Omar colocando-se de pé. Os soldados a sua volta fizeram menção de pegá-la, ele não deixou, não queria soltá-la e não soltaria nunca mais.
— Felipe, essa é a babá. A paramédica que o Caio escolheu para cuidar dele. Ela tem vivido aqui desde o dia de sua partida.
O coração de Felipe falhou. Pensaram que o destino era muito curioso, ou que tinha um senso de humor terrível, para colocar em seu caminho, justamente aquela mulher.
Felipe caminhou com ela para dentro da casa. Deitara o corpo frágil e pálido em seu quarto.
— Pegue o kit de primeiros socorros e chame o médico da família. — Suas ordens eram precisas, e seus homens correram para atender tudo que precisava. — Vou cuidar de você... Não vai morrer, Caio me mataria de eu permitisse algo assim.
Mentira para si mesmo.