Assim que eu ouvi aquilo, algo queimou em minha garganta.
Minha primeira reação foi sair do quarto os deixando a vontade.
Me encostei na porta do lado de fora, deixando meu corpo escorregar até o chão. Minha cabeça estava uma bagunça; quanto mais eu tentava me afastar, mas o garoto me queria por perto.
E dessa vez, confesso que o sentimento foi recíproco.
Esperei por um tempo do lado de fora e ao abrir a porta do quarto novamente, vi que tudo estava no mais absoluto silêncio.
Andei com os passos leves até a cama, vendo Benjamin dormir tranquilo.
A respiração dele era leve agora, regular, como se o corpo finalmente tivesse encontrado um lugar seguro para repousar.
Mark ficou alguns segundos observando o filho antes de se levantar com cuidado, ajustando o cobertor sobre ele.
Eu permaneci parada, próxima à poltrona, sem saber exatamente qual era o meu lugar naquele momento.
— Ele dorme rápido depois de crises assim? — Perguntei, mais para preencher o espaço do que por necessidade.
Mark