Sem direito a escolhas.
Aquelas palavras ecoaram em minha mente.
“Quero que fique e cuide dele.”
O peso do pedido de Mark me fez hesitar. Confesso que algo dentro do meu peito se revirou, inquieto, como se eu já soubesse que aquela decisão me custaria mais do que eu estava disposta a admitir.
Levantei o olhar e encontrei os olhos dele fixos nos meus, como se aguardasse pela minha resposta.
— Hana… - Ele chamou o meu nome em um tom baixo, como se estivesse me dando uma chance de recusa.
Mas isso não existia ali e eu sabia disso.
— Eu não sei se sou a pessoa certa para isso. — Falei, tentando sustentar uma segurança que não existia de verdade. — Mark… quer dizer, senhor Backer, eu nunca trabalhei com crianças. Eu só sei lidar com números, contratos… e dar ordens.
Ele se aproximou, ficando perigosamente perto.
E, por um instante — um mísero instante — toda a raiva que costumava existir entre nós pareceu se dissipar, deixando o ar pesado, mas de outra coisa.
— Não se trata de ser perfeita em tudo, Hana. — Disse