O quarto silenciou quando a voz de Mark ecoou atrás de nós.
— Eu perguntei o que está acontecendo aqui? – A voz dele ecoou mais baixa dessa vez, porém, mais fria.
Benjamin reagiu.
Os ombros, que haviam relaxado aos poucos com a música, ficaram levemente tensos.
A respiração, antes ritmada pelo compasso de Beethoven, falhou por um segundo. Seus dedos apertaram o tecido da minha roupa — não em pânico, mas em busca de ancoragem.
Os fones ainda cobriam seus ouvidos.
Instintivamente, mantive o braço ao redor dele, sem apertar, sem mudar a posição, mas virei minha cabeça para responder Mark.
E antes que eu falasse algo, Cleo tocou o braço do filho.
—Calma. Hana já cuidou de tudo.
E então, o médico que acompanhava o caos desde o começo, complementou com a explicação óbvia:
— Ele teve uma crise, senhor Backer. — respondeu ele com calma, olhando para Mark. — E me parece que a senhora Backer sabe bem como cuidar do filho.
—Eu não sou a senhora Backer.
—Ela não é a senhora Backer. – Dissemos em