Aurora precisava respirar, precisava desesperadamente de um pouco de normalidade. Nos últimos dias, sua vida tinha se resumido a acordar e dormir sob o olhar atento e excessivamente controlador de Enrico. Era sufocante, perigoso, viciante. E, ao mesmo tempo, enlouquecedor. A sombra de Tommaso a perseguia dia e noite, a deixando ciente que mesmo casada seguia em perigo. Enrico havia mencionado que o negócio da Villa estava definitivamente cancelado e suas relações com ele cortadas. Parece que ele não havia aceitado nada bem quando descobriu sobre o casamento de Aurora.
Então ela não pediu permissão, não dessa vez. Estava cansada, exausta de se sentir prisioneira, vigiada, sufocada naquela casa luxuosa que mais parecia uma gaiola de ouro. Enrico podia controlar o mundo lá fora. Podia ter o poder, o dinheiro, os seguranças...Tommaso