Eu sabia que não devia fazer isso. Sabia que sair para visitar todos aqueles lugares apenas ia me arrastar mais fundo no abismo. Mas, ainda assim, algo me empurrou para fora de casa, como se minha mente estivesse em busca de algo que eu não conseguia nem entender. Algo que me trouxesse de volta, algo que me fizesse sentir vivo outra vez.
O primeiro lugar foi o restaurante. Aquele lugar simples, mas elegante, onde a gente costumava ir nas noites que não tinham pressa. Onde o silêncio entre os dois de alguma forma fazia a conversa mais fácil, e onde o cheiro do vinho tinto misturado com o aroma das massas era sinônimo de momentos tranquilos, sem pressões. Eu me lembro de olhar para ela naquelas noites. Como ela sorria. Como o sorriso dela fazia o mundo parecer mais certo, mais simples.
Eu cheguei até a mesa onde costumávamos sentar, a mais afastada, perto da janela, com vista para a rua. Mas, ao me sentar ali, ao tocar a borda da cadeira como se ainda pudesse sentir sua presença, só sen