As palavras continuavam ali, cravadas na tela do meu celular, como se tivessem vida própria:
"Confirmação de gravidez: Positivo."
Segurei o aparelho com as duas mãos, os olhos marejando tão rápido que a tela começou a ficar embaçada. Pisquei várias vezes, tentando manter o foco, mas a emoção era maior. Escapava de dentro de mim como uma onda descontrolada.
Chorei.
Primeiro em silêncio. Um soluço abafado, quase incrédulo. E então veio o resto — o riso entrecortado pelas lágrimas, as mãos cobrindo a boca, o peito apertado de felicidade.
Era real.
Eu estava grávida.