ALESSANDRO

O corredor do hospital estava silencioso, o tipo de silêncio que parece gritar no fundo da mente, carregado de tensão e alívio. As luzes brancas refletiam nos vidros do berçário, e ali, do outro lado, estavam eles — tão pequenos, tão frágeis, e ao mesmo tempo, o símbolo mais forte de tudo o que Isabella e eu enfrentamos.

Três corações batendo. Três vidas que não deveriam existir, mas que agora eram o centro do meu mundo.

Encostei a mão no vidro, como se o toque pudesse atravessá-lo, e senti um nó apertar minha garganta. Isabella tinha conseguido. Contra todas as previsões, contra o próprio destino, ela havia trazido nossos filhos ao mundo.

Ouvi passos suaves atrás de mim, e a voz de Donatella soou baixa, calma, quase maternal.

— Isabella está bem — disse ela, parando ao meu lado. — Está na UTI apenas por observação. Foi um parto difícil, o corpo dela precisa de tempo… mas ela é forte.

Fiquei alguns segundos sem conseguir respond