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CAPÍTULO 95 – TERRA DE NINGUÉM

A estrada de terra terminava num portão de madeira com dobradiças cansadas. Depois dele, o caminho se estreitava entre bananeiras, bromélias e um silêncio denso que parecia absorver o som do motor. Aline mandou desligar os faróis antes da curva final. O sítio surgiu como uma lembrança teimosa: casa de madeira num patamar de barro batido, telhas antigas, varal torto, um galinheiro vazio e um galpão lateral que devia ter servido de oficina. Havia cheiro de mofo e mata molhada. Havia também a sensação de que ninguém ali sabia mais o nome de ninguém — e, por isso mesmo, era seguro.

— Terra de ninguém — disse Aline, saindo do carro com um casaco impermeável. — E hoje é nossa.

Vivian abraçou o próprio corpo quando o vento vindo do morro apertou a pele como uma mão fria. Eduardo caminhou até a varanda, testou os degraus e empurrou a porta com o ombro. Rangido. Dentro, um cômodo amplo dividia sala e cozinha. Fogão a lenha. Mesa de madeira marcada por copos antigos. Uma cristaleira com vidro e
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