Nira ajoelhou-se diante da pequena tigela de cerâmica negra. O frasco com a Essência de Alrath repousava ao lado, cintilando sob a luz suave das paredes de Kaerdum. Ela respirou fundo, o coração batendo rápido, como um tambor dentro do peito. As tramas do mundo estavam prestes a se mover... e ela seria o fio que puxaria os outros.
Mirna observava em silêncio. Nenhuma cerimônia. Nenhum rito. Apenas a certeza do risco — e da urgência.
— Beba apenas três gotas. — disse Mirna, com a voz baixa, quase maternal. — Mais do que isso... e você pode se perder.
Nira assentiu. As mãos firmes, o olhar determinado. Ela era jovem — não mais de vinte e dois ciclos — mas a firmeza em seu rosto revelava algo mais antigo. Um tipo de força silenciosa que nascia em quem viu o suficiente para não precisar gritar.
Ela ergueu o frasco e despejou três gotas na tigela.
A substância líquida se espalhou, transformando-se em um fio dourado que girava em espiral. Nira levou o recipiente aos lábios.
A Essência de Al