Mundo ficciónIniciar sesiónEle, único herdeiro das terras da família, carrega o peso do dever. Ela, filha do meio de um clã místico, domina poderes ligados à natureza. Quando se encontram, uma paixão proibida nasce — justamente quando ela é prometida ao melhor amigo dele, e ele é obrigado a casar com a filha do inimigo de seu pai para evitar uma guerra. Entre dever e desejo, lealdade e amor, eles precisam escolher: seguir o coração ou a razão?
Leer másO sol batia no meu rosto e proporcionava um pouco de calor e eu agradecia por casa segundo daquele calor. As montanhas ao meu redor pintadas de branco faziam ecos assustadores dos cascos dos nossos cavalos. 3 dias já onde tudo que tinha a nossa volta era as montanhas conhecidas como punho de Amon (devido a sua forma e a historia da batalha que la ocorreu). A estrada entre as duas montanhas era fria e difícil e estávamos ansiosos para chegar ao fim do caminho onde poderíamos encontra uma taverna fogo e vinho quente. Uma bufada alta me tirou dos meus pensamentos.
- Eu daria tudo para um bom vinho e uma boa mulher - disse exasperado meu bom amigo Kenric - Ele era um homem baixo mas forte com cabelos acobreados e olhos castanhos profundos. Uma barba por fazer cobria um rosto mais jovem do que parecia - Não aguento mais ficar sentado no lombo desse cavalo nesse frio da morte - Reclamar não vai mudar nossa condição Kenric - disse entediado Maurin ele era um homem pratico e direto seu físico franzino escondia o fato de que era um exímio espadachin um dos melhores que já vi. Ele tinha cabelos negros e escorridos que cobriam parte de sua face magra e emburrada. - Pode não mudar mas reclamar me ajuda - Riu Kenric - Você deveria tentar pode ajudar a perder esse cara de quem acabou de de tomar o vinho mais amargo que você já encontrou ou viu sua mulher chupando um estalajeiro qualquer Maurin revirou os olhos e bufou ele tinha pouca paciência para as brincadeiras de Kenric. Ambos cavalgavam juntos a minha frente, Ao meu lado meu vinha Hakon e na retaguarda Leoric com seu arco e flecha e olhos de gavião atento a tudo. - Deixe Maurin em paz Kenric e silencio estamos chegando ao vale dos sussurros - Disse Hakon levemente incomodado em sua cela - Precisamos estar atentos. O vale dos sussurros era a passagem mais perigosa de punho de Amon conhecida por seus rochedos que muitas vezes escondiam ladrões e selvagens. O silencio dominou o grupo que ficou levemente tenso também. Percebi que Hakon mudou a postura e estava pronto para atacar até o vento com sua mão na espada e os olhos vigiando todo os lados. Eu odiava essa tensão só esperava passar pelo vale e chegar logo no final da estrada não só por ansiar por uma cama de verdade uma lareira para me aquecer e bom vinho mas sabia que quando chegasse no fim da estrada estaria mais perto de casa. Estava longe a muito tempo, sentia falta dos meus irmãos e dos meus Pais, Arne e Emil devem estar em idade de pegar na espada já e Elorian e Petra sendo preparadas para o Casamento. Quando sai de casa elas eram duas garotinhas que sentavam em meus joelhos para ouvir uma historia Deus eu sentia falta até do cachorro magro que ficava aos meus pés implorando por comida, espero que caçador esteja vivo ele era tão magro parecia que não era alimentado nunca. Seguíamos em silêncio absoluto, olhos fixos, mãos firmes sobre as armas. O único som era a nossa respiração, o sussurrar do vento e o eco rítmico dos cascos dos cavalos. Rezei baixinho, quase como um murmúrio para mim mesmo: que o Deus da Guerra nos desse força, e que a Deusa Mãe nos envolvesse em sua proteção, guiando-nos sãos e salvos de volta para nossas casas. Olhei para os homens ao meu lado. Nenhum palavra, nenhum gesto. Mas em seus olhares encontrei o mesmo fogo que queimava em mim — uma mistura de medo e determinação, de inexperiência e coragem forjada. Éramos soldados, sim. Mas, no fundo, ainda éramos meninos. Meninos com barbas ralas, empunhando espadas, tentando parecer mais velhos do que éramos, tentando sobreviver. Lembro-me do dia em que deixei minha casa para aprender a ser mais que um garoto: para me tornar rei, soldado, senhor de terras, líder. Meu pai me disse, naquele verão quente, que eu já tinha idade suficiente para estudar na Fronteira, junto aos soldados. Lá, aprenderia a manejar a espada, a preparar minhas armas, a lutar ao lado de homens desconhecidos, homens em quem deveria confiar minha vida. E, no final, voltaria pronto para assumir meu lugar ao lado dele. Corri para minha mãe, soluçando, incapaz de me afastar. Ela me olhou com uma ternura firme, e seus olhos cinza penetrantes pareceram atravessar minha alma. — Um dia, também precisei deixar tudo que conhecia — disse ela — mas enfrentei o medo com a coragem Essandele, e esse mesmo sangue corre em suas veias. — Coragem, meu lindo menino. Em breve, você se tornará um homem. Um arrepio subiu pela minha espinha. Os cavalos relincharam, inquietos. Não estávamos mais sós. Senti os olhos deles sobre nós, penetrando o silêncio, e vi meus companheiros se moverem desconfortáveis, sentidos da mesma presença invisível. — Preparem suas armas — disse Hakon, a voz firme, cortando o ar. — Não estamos mais sós. Minha mão apertou o punho da espada. A lâmina era elegante, fina, com gravuras ancestrais que proclamavam o lema da minha casa: Sub alis nostris, potentia et aeternitas — “Sob nossas asas, poder e eternidade.” Cada golpe que eu desferisse seria por todos os meus ancestrais, carregando o peso de seu legado. Olhei para Hakon. Ele estava pronto. Sempre estava. Parecia ter nascido com uma espada na mão e uma batalha à espera. Nunca se alterava, nunca vacilava, sempre focado, sempre preparado. Muito em breve, seria meu guardião. Desde criança, ele se preparava para isso — e eu não tinha dúvida: ele honraria essa missão, até o último sopro. O silêncio ao nosso redor se tornou mais pesado. Cada sombra parecia se mover. Cada relincho, cada farfalhar de folhas nos lembrava que o perigo espreitava, invisível e impiedoso. E, ainda assim, estávamos prontos. Porque éramos soldados E porque, mesmo sendo meninos com espadas nas mãos, não haveria medo capaz de quebrar a determinação que corria em nossas veias.Os cavalos foram selados e saímos antes mesmo do sol nascer deixando A Meretriz para trás. O vento gelado congelou nossos rostos por mais que tentássemos nos cobrir com os capuzes. O cheiro de esterco e terra molhada na chuva da noite anterior preenchia o ar. Em cima dos cavalos todos estavam meio sonolentos e no caso de Kenric meio bêbado também. O silêncio era quebrado somente pelo trotar dos cavalos ou alguns bocejos ocasionais. Aos poucos o céu começava a clarear mas o frio permanecia mesmo que o sol entrasse de forma tímida nascer. Quebramos o jejum em cima das celas com um pouco de pão e queijo que conseguimos na estalagem. A estrada ia mudando e pequenos picos de neve iam se misturando à vegetação. Sinal que nossa casa estava próxima.- Deus estou congelando - Kenric falou enquanto batia levemente a boca - Uma coisa que não senti falta de casa...o frio. - Pois senti falta até de não conseguir tirar o pau pra fora e mijar por causa do frio - Gargalhou Leoric- Sim, claro, a
O dia do casamento de Aila finalmente chegou. A comitiva que trouxe o noivo atrasou e ele acabou chegando somente na noite anterior. Nós arrumamos e descemos para o pátio para receber a todos. Aila estava linda com um vestido azul marinho de seda com flores brancas bordadas e seus cabelos estavam presos numa trança. Ela estava nervosa e conseguia ver suas mãos tremendo mesmo com a pouca luz.Mamãe já tinha pedido que a cozinheira preparasse um grande banquete para receber a todos e tudo estava perfeito. O noivo chegou acompanhado de 20 de seus homens, além de sua mãe e irmãos ele tinha 5: Hamlin, Odel,Randolfe, Fiora e Emil. Cumprimentamos a todos e seguimos para o salão para o jantar que foi bem animado. Todos beberam muito, Alana estava sorrindo bastante Emil o irmão mais novo do noivo o que deixou mamãe brava, Agnes ficava brincando com dois meninos da sua idade filhos de alguns guardas e eu tive uma conversa bem agradável com a mãe de Cassian, Lady Colette.- Você é a irmã mais n
Os dias passaram depressa e o casamento de Aila se aproximava. O castelo estava movimentado. Mamãe era responsável por organizar tudo pedindo para os empregados limparem os salões, prepararem os aposentos para os convidados que iam chegar em alguns dias. Barris de vinho, hidromel e cerveja eram armazenados na cozinha. Papai mandou abater 3 porcos e dois javalis para o jantar.Aila estava ocupada com os poderes recém descobertos para se preocupar com o seu casamento. Ela passava os dias estudando com anciã que tocava o ar também. Era comum vê-la andando para lá e pra cá com um grande livro nas mãos devorando ele como se seu tempo estivesse acabando.Após a cerimônia fiquei curiosa com tudo que aconteceu e assim que tive a oportunidade perguntei para a mamãe mas ela disse que era um segredo que quando chegasse minha vez ela explicaria tudo pra mim.Estávamos em nossas aulas de bordado todas sentadas em uma sala arejada com grandes janelas que deixavam a brisa suave entrar sendo ensinada
Eu sentia o sol aquecendo meu rosto e a grama fresca entre os meus dedos, o cheiro de grama fresca preenchia o ar e o som da risada das minhas irmãs era uma melodia agradável. Abri os olhos e o céu estava limpo e azul, nenhum sinal de chuva nem uma nuvem nunca vi um céu tão limpo, mas porque então eu sentia que uma tempestade se aproximava?Levantei sentando na grama, a minha frente um grande lago de águas cristalinas se estendia até onde meus olhos não alcançavam, minhas irmãs brincavam na água, não pude evitar sorrir, tinha tanto amor por elas. Aila com seus cabelos cor de mel presos numa trança e seu olhar astuto, era a mais velha sempre preocupada em agradar e honrar a família. Iria se casar em uma quinzena com um dos vassalos de meu pai. Era sempre prática e racional, entendia seus deveres como irmã mais velha, então aceitou de bom grado quando meu pai arrumou esse casamento com um homem com o dobro da sua idade.Alana veio logo depois de mim, tinha olhos brilhantes de um azul
Continuamos cavalgando em silêncio, cada um perdido nos próprios pensamentos. Já fazia algumas horas que havíamos deixado o Vale dos Sussurros para trás; a estrada agora se tornava mais verde, salpicada de árvores e trechos de cerca viva. Uma leve mudança no grupo era perceptível — talvez a antecipação de descanso, talvez apenas fome. Não faltava muito para encontrarmos uma taverna.Kenric começou a cantarolar baixinho a melodia de Me Ponha de Joelhos, uma canção tão indecente que, se sua mãe a ouvisse, faria o rapaz passar um mês inteiro sem conseguir sentar numa cela.Seguimos cavalgando; eu já sentia o corpo cedendo ao cansaço. Pernas e braços pesavam como pedra. Meus olhos mal se mantinham abertos — a estrada e as árvores diante de mim já se tornavam enevoadas. Tinha medo de acabar dormindo montado. O relincho repentino de um cavalo me arrancou um susto; despertei de imediato, procurando o perigo ao redor.— Finalmente! — ouvi a risada de Kenric.Ergui o olhar e ali estava: a tave
Ele surgiu do nada correndo em minha direção com sua espada na mão e gritando palavras que eu não compreendia. Apesar do susto me recuperei bem e bloquei o primeiro golpe. conseguia ouvir a distância o som dos meus irmãos em batalha mas não conseguia ver nada ocupado com meu adversário. Eu sabia que não poderia permanecer na defensiva por muito tempo; ele acabaria me derrubando do cavalo, e então eu estaria morto. Precisava atacar. Puxei as rédeas, tentando criar distância para contra-atacar. Assim que me afastei, ele correu para me alcançar, mas fui mais rápido: desferi um golpe direto em sua cabeça. Ele caiu com os olhos arregalados, sangue cobrindo o rosto. Não tive tempo de assimilar nada — meus irmãos ainda precisavam de mim.Saltei do cavalo e corri até Hakon, que estava cercado por dois homens que lutavam com espadas e machados. Golpeei o primeiro que estava com o machado mas ele conseguiu se defender bem era um homem baixo mas forte e bem rápido após bloquear meu golpe ele vi
Último capítulo