O salão de luz viva ainda pulsava quando o homem diante deles deu um passo à frente. As vestes ondulavam como brumas, a luz de Aquenor refletindo nas camadas fluidas de tecido encantado. Seus olhos púrpura brilhante pareciam carregar o peso de eras, mas também a firmeza de um guerreiro. Quando abriu a boca, sua voz foi uma mistura de som e vibração.
— Meu nome é Thalion, sou o governante de Aquenor.
Um nome simples, direto. Mas que carregava a solenidade de um cargo mais antigo que qualquer coroa conhecida em Verídia.
Evelin deu um passo à frente.
— Como... como você sabia que estávamos vindo? Como podia nos esperar?
Thalion sorriu, mas seu sorriso não era de superioridade. Era o sorriso calmo de quem lê o último capítulo de um livro já conhecido.
— Porque vocês já vieram. Porque esse momento... sempre existiu.
Cael franziu a testa.
— Isso não faz sentido. Estamos aqui agora. Isso não é... destino.
— Você está certo e errado. — respondeu Thalion. — O tempo, aqui, não caminha como nas