Fresco, quase doce. A névoa que costumava pairar rente às raízes havia sumido, como se a própria mata quisesse que eles enxergassem mais claramente o que estava por vir.
Myralis. A Floresta Eterna.
Aquela que respira, que observa, que escolhe.
Evelin parou no alto de um afloramento de pedra, puxou o manto para trás e inspirou profundamente. A tatuagem no pulso pulsava, quente, como se ecoasse os batimentos da própria floresta. Olhou para trás e viu os outros ajeitando as mochilas, desamarrando cordas, apagando as cinzas do acampamento.
— Ela tá... guiando a gente. — murmurou, mais pra si do que pra qualquer um.
— O quê? — Eros, ao seu lado, ajeitou a espada nas costas, arqueando uma sobrancelha.
— A floresta. — respondeu, cruzando os braços. — Nos guiando. Nos levando para longe... mas também para algum lugar.
O olhar dele apertou. Eros vinha estranhamente quieto nas últimas horas. Desde que acordara, algo parecia errado. O corpo doía de um jeito que não fazia sentido. Uma pressão no