Amanda entrou no quarto com passos firmes, mas seu olhar trazia cansaço. O dia havia sido longo, pesado — marcado por decisões que poucos teriam coragem de tomar. Ela caminhou até a janela, soltou os cabelos e respirou fundo, antes de se virar para João, que estava encostado no batente da porta, observando-a com atenção silenciosa.
— Amor... já é tarde da noite, — disse ela, com a voz levemente rouca. — E eu preciso tomar um banho... me sujei um pouco.
Ela fez uma pausa, deixando o silêncio carregar o peso de suas palavras.
— Você quer me ajudar? — completou, com um leve sorriso de canto, o olhar insinuante e cheio de duplo sentido.
João a encarou, arqueando a sobrancelha, com um sorriso admirado nos lábios.
— Depois de tudo que aconteceu hoje... você ainda tem energia pra isso?
— Isso é outra conversa, — respondeu Amanda, se aproximando. — O que aconteceu lá fora me lembrou de tudo o que eu preciso proteger. E o que eu mais desejo agora... é você.
João não resistiu. Puxou Amanda para