Nesse clima quase teatral, o almoço começa a se desenhar como mais uma arena silenciosa de disputas veladas, olhares perigosos e sorrisos afiados.
Na cozinha, Mirela passa com um ar entediado e vê Anita organizando algumas louças e dando ordens rápidas às cozinheiras. Sem conter o veneno, solta em voz baixa, mas suficiente para ser ouvida por Ana e Sofia:
— “A matriarca já pôs a babá no devido lugar... Assim ela fica longe do João.”
Amanda, que havia acabado de passar pela porta, ouve, mas não se altera. Com um sorriso contido e olhar firme, responde por cima do ombro, antes de sair:
— “Manda quem pode, quem não pode… observa.”
E segue, elegante e confiante, em direção à sala.
Na sala, o clima era leve e de conversas em torno de um uísque e uma boa dose de charme. Rúbia, sentada próxima de João, mantinha a postura clássica, tentando parecer envolvida numa conversa leve com ele, que, embora cordial, não desgrudava os olhos da porta — esperando Amanda.
Luciana, de pé ao lado de Max, foi