Amanda acordou lentamente, sentindo o calor suave de um abraço que era abrigo. Abriu os olhos devagar e notou que ainda estava deitada sobre o braço de João. O silêncio da sala era quebrado apenas pelo leve som da cidade ao longe, abafado pelas janelas duplas.
João mexia no celular com a outra mão, digitando com calma, sem pressa — como se cada segundo ali fosse precioso demais para se apressar.
Ela ergueu a cabeça com delicadeza, ajeitando os cabelos e piscando para se ajustar à luz.
— "Desculpa, amor... acabei dormindo." — murmurou com a voz ainda baixa, rouca do sono.
— "Descansou, minha tempestade?" — ele perguntou, sorrindo com ternura.
— "Sim..." — respondeu, olhando para ele com carinho. — "Mas você deve estar com o braço dormente..."
João fez um movimento leve, flexionando o braço antes de acariciar o rosto dela com os dedos.
— "Só um pouco. Mas valeu cada segundo."
Amanda sorriu, ajeitou a blusa e passou a mão pelos cabelos para se recompor. Olhou em volta e respirou fundo.
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