Jorgia observava Amanda com olhos semicerrados. A jovem era linda demais, de uma beleza fria e elegante que intimidava. Mas o que realmente incomodava Jorgia era a postura altiva, a forma como Amanda controlava o ambiente com poucas palavras e gestos comedidos. Era como encarar um espelho de poder — só que mais jovem, mais afiada, e com raízes bem firmadas naquela casa.
— Augusto, poderíamos conversar... apenas os mais velhos. Precisamos colocar algumas coisas em ordem. — sugeriu Jorgia com um leve sorriso, tentando resgatar uma hierarquia que já não existia ali.
Augusto, ainda pálido, mas lúcido, não hesitou:
— Meus filhos também vão participar dessa conversa, Jorgia. — sua voz soou firme. — São eles que comandam os negócios da nossa família agora.
Jorgia tentou disfarçar o incômodo, mas antes que pudesse retrucar, Ana se levantou da poltrona onde estava sentada e falou com uma calma cheia de autoridade:
— E aqui, Jorgia, ninguém tem o que esconder dos meus filhos. Nem de Amanda, nem