— Desculpa, Paolo… — murmurou Luísa. — Mas eu não posso te amar assim.
Por mais que Paolo quisesse ajudá-la, Luísa não concordava com os meios violentos utilizados pelo mafioso. Não poderia permitir que o amor se tornasse sinônimo de violência, mesmo que disfarçada de cuidados. Ela cerrou os olhos.
Arrastando os passos, Luísa entrou no banheiro e ali agachou-se lentamente, buscando o chão para se apoiar. Completamente vulnerável, permitiu-se chorar.
O som de seus próprios soluços se tornava equipamento com as mãos. Tudo parecia fora do lugar, exceto pelo amor a seu filho, que lhe permanecia inabalável.
Voltou ao quarto, deitou-se ao lado de Enzo, aninhando-o em seus braços. Abraçou-o com ternura enquanto seus olhos se fechavam lentamente.
O tempo passou e logo o som estridente do alarme invadiu o quarto. “Paolo não veio me procurar” pensou aliviada.
Luísa encolheu-se levemente, enterrando o rosto no travesseiro por mais alguns segundos. Antes mesmo que pensasse em levantar da ca