Capítulo 104 — Orfanato

“Esperança é teimosia de quem ainda não viu o fim do arquivo.” — (Anotação de R.)

[... continuando flashbacks de Renata e narrativas de Guilherme, no presente]

... Eu sabia que ia doer, mas perguntei mesmo assim.

— A criança… — a palavra engasgou na minha garganta — está viva?

O silêncio que veio primeiro já era resposta, mas a gente sempre insiste em mais um segundo de ilusão. É um defeito humano. Ou um mecanismo de defesa.

Guilherme — fechou os olhos por um instante. Quando abriu, parecia mais velho. Mais cansado.

— Eu vou te contar. — disse, medindo cada sílaba. — Mas você precisa ouvir até o final. Não me interrompe no meio, por favor.

O “por favor” doeu. Como se ele também precisasse sobreviver à própria história.

Assenti. Não confiava na minha voz.

O fio de esperança

Ele se inclinou pra frente, cotovelos apoiados nos joelhos, as mãos entrelaçadas. O tipo de postura de quem está confessando um crime ou uma covardia. Às vezes é a mesma coisa.

— Aproximadamente três anos depois… —
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